Escândalo Master, Meta escapa do desmembramento e outros destaques do mercado

Da Redação: - Nesta edição, explico o escândalo Master, que estava pronto para acontecer e...aconteceu.

Também aqui: Meta escapa do desmembramento e outros destaques do mercado nesta quarta-feira (19).

FIM DE PAPO

O Banco Central e a Polícia Federal colocaram um fim (pelo menos, por enquanto) na história que parecia não acabar nunca: a novela do Banco Master.

O QUE ACONTECEU?

O BC decretou ontem a liquidação do Master, enquanto a Polícia Federal prendeu seu controlador, o banqueiro Daniel Vorcaro. Augusto Lima, sócio do empresário, também foi detido.

Havia suspeita de que Vorcaro estava fugindo das autoridades, uma vez que se preparava para embarcar em um voo para o exterior. Os advogados dele negam e dizem que o cliente ia a Dubai para tratar da venda da financeira.

Na segunda (17), a instituição anunciou que o Master seria comprado pela Fictor juntamente com um consórcio formado por investidores dos Emirados Árabes Unidos, cuja identidade não foi revelada.

A PF suspeita que a divulgação era uma forma de ganhar tempo para a fuga. Depois da prisão, a holding suspendeu a proposta de compra.

Polícia Federal (PF) encontrou R$ 1,6 milhão na casa de um dos investigados - Foto: Divulgação Polícia Federal

PAUSA

O BRB tentou comprar uma fatia do Master em março deste ano. A negociação acionou uma análise da carteira e das práticas do banco, que revelou pouca liquidez e muita desorganização interna. A apuração levou o BC a barrar a operação. Essa etapa é importante para entender o que acontece agora.

NOS BASTIDORES

A PF estima que a instituição financeira esteja envolvida em uma fraude de R$ 12 bilhões. Os investigadores acreditam que o Master usou a negociação de compra pelo BRB para esconder a fabricação de carteiras falsas de crédito consignado.

Esses investimentos usavam tomadores de crédito inexistentes e inflaram os resultados da financeira. A ideia é que a fusão entre as duas empresas misturaria os balanços e seria difícil rastrear o sumiço desses ativos.

CASA CAIU

Para o BRB também. O presidente do banco estatal, Paulo Henrique Costa, e o diretor financeiro, Dario Oswaldo Garcia Júnior, foram afastados do cargo por 60 dias no âmbito da operação policial.

O escândalo respingou no governo do Distrito Federal, comandado por Ibaneis Rocha (MDB). O clima por lá é de “fim de mandato”, segundo apuração do Painel.

LIQUIDADO

Isso significa que, na prática, o Master deixará de existir. O funcionamento dele é interrompido e ele é retirado do SFN (Sistema Financeiro Nacional). Agora, os administradores são afastados e perdem seus mandatos.

A instituição passa a ser administrada por um liquidante, nomeado pelo BC, que vai ordenar o pagamento dos ativos aos credores.

E O FGC

Verá o maior resgate de sua história. O Fundo Garantidor de Crédito precisará ressarcir cerca de 1,6 milhão de credores, o que dá uns R$ 41 bilhões.

Apesar do montante, o fundo tem recursos suficientes para enfrentar uma eventual liquidação. Em junho, a liquidez dele alcançou R$ 121,1 bilhões.

MAIS FOLGA PARA AS BIG TECHS

Se uma nova rede social começa a roubar a cena no mercado, pode ter certeza de que a Meta terá uma dessas duas reações: ou comprar a empresa que se popularizou ou criar uma ferramenta similar à que está fazendo sucesso.

Foi assim que Facebook, WhatsApp e Instagram terminaram sob o mesmo guarda-chuva, domínio mal visto por órgãos reguladores de alguns países.

GOL PARA A META

A empresa comandada por Mark Zuckerberg venceu um processo antitruste movido pela FTC (Comissão Federal de Comércio dos EUA), que ameaçava desmembrar a companhia.

“Truste” é quando empresas concorrentes tomam atitudes que podem diminuir a competição no mercado, o que pode prejudicar os clientes ao deixá-los com menos opções.

O juiz James Boasberg decidiu que a gigante das redes sociais não detém um monopólio ilegal das plataformas de interação. Para ele, o órgão regulador não conseguiu provar de forma suficiente que a empresa tem um poder desproporcional sobre o mercado. O caso estava aberto há cinco anos.

DERROTA PARA A FTC

A agência apostou muitas fichas no caso: o resultado desejado por ela era que a Meta fosse obrigada a desfazer a aquisição do WhatsApp e do Instagram.

O tribunal entendeu que há competição suficiente no setor das redes sociais para justificar a união de diferentes players em uma empresa só. As plataformas sob o comando de Zuckerberg disputam mercado com YouTube e TikTok, por exemplo.

RECADO

A decisão traz alívio para big techs que enfrentam processos parecidos. O Google esteve à beira de ser obrigado a vender o navegador Chrome, mas saiu dessa em setembro. Contudo, a companhia perdeu outro caso antitruste sobre publicidade digital.

Esse tipo de processo está entre os motivos que levaram à aproximação de nomes importantes da tecnologia e do presidente Donald Trump —Mark Zuckerberg integra o grupo de puxa-sacos do líder.

"A decisão de hoje reconhece que a Meta enfrenta uma concorrência intensa", disse um porta-voz da Meta.

"Estamos ansiosos para continuar a colaborar com o governo e para investir nos EUA", completou.

O QUE MAIS VOCÊ PRECISA SABER

Injeção. A Microsoft e a Nvidia anunciaram um investimento de US$ 15 bilhões na Anthropic, que controla o chatbot Claude, rival da OpenAI.

Sem lavagem. O governo anunciou na COP30 uma empresa para coibir o “greenwashing”, isto é, práticas que fazem uma empresa parecer mais sustentável do que ela é.

Sobrou? O governo chega ao fim do ano com um colchão de R$ 24 bilhões para segurar as despesas.

Para todos os cantos. A aérea de baixo custo flydubai

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fonte: https://www.msn.com/pt-br/dinheiro/economia-e-negocios/esc%C3%A2ndalo-master-meta-escapa-do-desmembramento-e-outros-destaques-do-mercado/ar-AA1QJini?ocid=msedgntp&pc=EDGEDSE&cvid=691decfb78c1450eaa7c83e295433b19&ei=32